Entrevista Tomo Milicevic - "30 Seconds to Mars é a vida dentro de todas as possiblidades"
Como está se sentindo?
"Estou me sentindo bem."
Eu também. Então, não falta muito tempo para você subir no palco.
"Não, não exatamente. Devemos subir ao palco umas noves horas. Voce irá ao show?
Estou muito interessado.
"Espero que gostem. É o último show na Alemanha, e eu adoro tocar na Alemanha."
Sério? Por quê?
Os alemães são um público grande. A Alemanha é muito boa para nós, é um ótimo lugar para tocar. Mas agora vai ser mais, mas só pra esta turnê."
Você tem algum ritual especial antes de entrar no palco?
"Não, na verdade não. Quero dizer, nós trabalhamos muito e nos ocupamos até entrarmos no palco. É uma coisa confortavelmente normal, nós só entramos no palco e tocamos. Mas pouco antes do show começar é tudo muito calmo, mas depois que entramos no palco nós enlouquecemos. Então temos que fazer a nossa parte."
Você já está em turnê por dois anos...
"Mais de dois anos."
Ok, mais de dois anos. Não é chato tocar a mesma coisa o tempo todo?
"Não, porque nunca é a mesma coisa. Quero dizer, quando você toca, cada público, cada cidade expira um show diferente. Ainda assim, tocamos as mesmas músicas às vezes, mas a cada noite é um pouco diferente. Não fica chato. Você vê rostos diferentes, a energia é sempre diferente, portanto, permanece novo.
Com mais de 300 shows você entrará no Livro dos Recordes Mndiais. Você está orgulhoso?
"Claro. Acho que é divertido. Trabalhamos duro e viajamos ao redor do mundo, fizemos tantos shows em tantos lugares diferentes, por isso foi bom para nós e temos que revelar: Sim, fizemos isso por nós mesmos. Nós trabalhamos e trabalhamos e trabalhamos."
Após o fim da turnê você contou a seus fãs que precisam de uma pausa, e eu entendo perfeitamente. Estar em turnê por mais de dois anos é muito desgastante. Você tem planos para o futuro?
"Sim, claro."
Quais são? Quero dizer, seus fãs temem que o 30 Seconds To Mars podem se separar.
"Ok, primeiro temos que terminar este ano. Vemos a luz se apagar. E depois vamos descansar e ficaremos juntos em uma espécie de encontro anual para saber o que vamos fazer depois."
É posssível a separação?
"Tudo pode acontecer. Nunca se sabe. Mas eu não acredito que isso possa acontecer. Eu não quero dizer nada concretamente do que vai acontecer. Veremos."
Seu álbum This Is War fez muito sucesso. Você tem uma música preferida?
"Ah, tenho várias. Mas a música que realmente resume tudo e talvez tenha um olhar para o futuro seria 'Night Of The Hunter'. Eu acho que ela realmente capta a essência deste álbum e do processo criativo, o que tínhamos quando estávamos fazendo This Is War. E acho que também mostra o que está vindo para o 30 Seconds To Mars."
'Night Of The Hunter' seria o seu hino de 'This Is War'?
"Eu não sei. Sabe, todas as músicas são ótimas e eu adoro tocar todas elas. As pessoas me fazem muito essa pergunta."
Imagino que sim.
"Toda vez eu luto contra isso. Sabe, a cada semana eu tenho diferentes músicas favoritas."
Você acha que This Is War é o melhor álbum que você já fez?
"Sim."
É possível incrementá-lo?
"Não sei, talvez 'incrementar' não seja a palavra certa. Acho que o nosso próximo álbum não soará mais alto ou mais rápido. Ele só vai ser diferente. A idéia é ser criativo. O objetivo é ser inovador e desafiador para manter a criatividade. Não queremos nos repetir. Esse é o objetivo. Não fazer um álbum maior ou melhor, apenas fazer um álbum diferente."
Essa é uma boa resposta. Sei o que quer dizer.
"É a verdade. Queremos desafiar a nós mesmos. Então, se vamos fazer um novo álbum, não vamos fazer do mesmo jeito."
Então você não quer ter um típico som do 30 Seconds To Mars?
"Não, e se você ouvir os outros álbuns a sonoridade está sempre mudando. O primeiro álbum (30 Seconds To Mars), que Jared e Shannon fizeram juntos é uma coisa. E depois com 'A Beautiful Lie' nós trabalhamos juntos eé completamente diferente. E se você ouvir 'This Is War' também é completamente diferente. Mas há uma linha para cada um deles. O resultado é diferente, mas o resultado é sempre 30 Seconds To Mars."
Então você cresceu com o seu trabalho como músico.
"Sim, exatamente. Você tem que aprender algumas coisas e trazer algumas coisas com você. Você sempre saberá que somos nós."
Algumas bandas tem seu som típico e ficam em sua linha. Mas, para outras bandas como o Depeche Mode, por exemplo, é como uma experiência de fazer música.
"Sim, todos os álbuns deles é uma história, um novo som e uma nova experiência. Mas agora, você tem todos os elementos e eu sei que é a voz do Dave Gahan e sei que é o Depeche Mode. É como você ouvir o Jared e você sabe que é o 30 Seconds To Mars. Você sabe a bateria do Shannon, você ouve a minha guitarra. Este é um dos nossos objetivos, criar um som diferente, mas com o pessoal sabendo que somos nós."
Nos últimos anos muita coisa mudou. O que mais mudou para vocês?
"Temos mudado muito. Aprendemos muito um com o outro, sobre nós mesmos e sobre o que sentimos e o que queremos. E agora, sabemos quem somos. Nós descobrimos a nossa identidade. Isso é uma coisa, que eu acho que mudou mais. Não que isso não tenha acontecido antes, mas agora nós realmente sabemos. Sabemos o que queremos dizer e sabemos como fazê-lo também."
Isso é mais do que os outros fazem.
"Sim. Estamos com muita sorte. Fomos capazes de fazer coisas em nossas vidas que nos permitiram passar o tempo centrados em algo único. 30 Seconds To Mars é a vida dentro de todas as possibilidades."
Você tem uma base de fãs muito grande chamado de 'Echelon' e você ainda mantém contato com o Echelon, que vocês chamam de família. O que os torna tão especiais?
"Dedicação, lealdade, crença. Eles entendem o que está acontecendo aqui e que todos nós temos um tipo de comunicação especial. Sabe, não é uma comunicação qualquer. Nós ouvimos e falamos. Recebemos feedback. Nós nos preocupamos com o que os outros pensam. Não é tipo 'Isso é o que fazemos. Você pode aceitar ou largar.' Não é isso o que fazemos. Por isso é importante para nós ter essa comunicação. Nossos fãs nos entendem e gostam do que fazemos e nós também gostamos do que eles fazem."
Última pergunta: O que você acha das garotas que fizeram uma tatuagem de Mars? Algumas são menores de 18 anos.
"Pra mim não há um motivo artístico para fazer uma tatuagem para tudo. É normal pra mim. É como se expressar através de uma determinada maneira. Acho que é legal e está tudo bem. Acho que deveria haver uma idade mínima, mas sobre as garotas há pais que permitiram isso. As tatuagens são como colocar brincos ou pôr algo em cima. É uma experiência e faz de você quem você é."
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